Manifestantes culpam governo pela atual situação política e social do país
MADRI. Após quatro dias, milhares de pessoas ainda ocupam a Puerta del Sol, principal praça da capital espanhola. Elas se concentram em frente a sede do governo regional desde a manifestação do último domingo, dia 15. A intenção é pressionar o gabinete de Esperanza Aguirre, governante da província de Madri.
A madrugada de quarta-feira trouxe um novo objetivo ao movimento já batizado como 15-M. Durante uma assembleia organizada nas primeiras horas de hoje, uma voz ao megafone perguntou se os manifestantes queriam permanecer acampados na praça. A resposta veio em um grito unido, “Sim!”. Agora, a intenção é prolongar o movimento até domingo, dia das eleições regionais.
Em frente à sede do governo regional, protestantes mostram ao que vieram
A multidão cresce graças às convocações constantes nas redes sociais por coletivos civis. A organização impressiona, enquanto uns trabalham ou estudam, os outros permanecem na praça, sempre guardando turnos. Foram criadas ainda sete comissões de trabalho no acampamento: alimentação, infraestrutura, ação, comunicação, coordenação interna, limpeza e assessoria jurídica. A expectativa dos porta-vozes do grupo é que o protesto receba mais pessoas de hoje até o fim da semana. Uma nova ação de impacto está sendo preparada para sexta-feira ou sábado.
A plataforma Democracia Real Ya!, responsável por organizar o 15-M decidiu se desvincular oficialmente do movimento. “Apenas iniciamos tudo isso, agora os cidadãos estão organizando a si mesmos.”, declarou Carlos Paredes, um dos representantes do grupo.
Vídeo com cenas do confronto e entrevistas
Vista aérea da praça tomada
Leia Mais: Feriado na Espanha é marcado por manifestações em todo o país
2 comentários:
Oi, André! Gostei de saber que vives em Madrid. mantenha contato... Josefina
Olá André, tudo bem?
Tenho amigos na Espanha, alguns acompanham meu blog.
Mantenha contato e se possível passe suas redes, grande abraço.
Edufuturo
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